google.com, pub-2300500520560310, DIRECT, f08c47fec0942fa0
top of page
Buscar
Foto do escritorJoana Ramos

Coletivo Papo Reto


Em 2018, o Instituto Update, uma associação civil sem fins lucrativos que fomenta a inovação política na América Latina, divulgou a pesquisa “Emergência Política: Periferias Brasil” que identificou ‘Laboratórios de Direitos Constitucionais’. São 5 laboratórios: ocupação de poder; participação política; economia e bem viver; educação, memória e ancestralidade; direito à existência. Cada um desses laboratórios possui representantes importantíssimos para impulsionar as inovações políticas através das periferias do Brasil. Dentre eles, o coletivo de comunicação ‘Papo Reto’, que Raull Santiago é co-criador.



‘Papo Reto’ traz notícias das comunidades do Rio de Janeiro feitas por pessoas que nelas vivem e direcionada para os demais moradores. O Coletivo surgiu em 2014, é composto por jovens moradores dos Complexos do Alemão e da Penha. Focam em propagar protestos, eventos e reivindicações das favelas. Se tornou um meio de Comunicação Independente, já que transmite as informações de dentro da favela a partir de quem vive nela, coisa que a mídia tradicional não faz. Tornou-se, então, uma opção de resistência do grupo social.


A parcela marginalizada no Brasil, principalmente da população negra, existe por causa da época de escravidão (século XVI - XIX). Mesmo após sua abolição, os negros libertos sofriam racismo e não conseguiam empregos e, consequentemente, moradia. O que causou a construção de casas em terrenos inapropriados e de materiais simples, conhecidos como ‘barracos’. Essas casas aglomeradas tornaram-se as favelas, que sofrem preconceitos até os dias de hoje pela desigualdade social não combatida pelos governos do país. Tais preconceitos não permitem a visibilidade dessa população e, quando exibida pelas mídias tradicionais, acaba sendo de maneira negativa, muitas vezes criminalizando-a.


Assim como o Coletivo Papo Reto, movimentos musicais, como Racionais MCs, Djonga, Negra Li, Stefanie MC, Facção Central, entre outros, abrem portas para novas visões da realidade em que eles viveram e os racismos que sofreram. Tornaram-se uma possibilidade de voz das periferias, para quem não está imerso a essa realidade poder conhecer. É a maneira dos versos “Gente igual a gente morre, a mídia omite. De acordo com as pesquisa, era pra esse som ser só o beat” de Doug Now, 30 - música "Voz", lançada no álbum 'Ladrão' do Djonga -, lembrar a sociedade que 16% das mortes são de jovens brancos, enquanto 40,2% são de jovens negros (Atlas da Violência 2018 do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública).


Hoje, o coletivo possuí página no Facebook, perfil no Instagram, Twitter e um canal no YouTube, onde promove desde campanhas para ajudar os moradores da comunidade, atos culturais, até a denúncia de abusos de autoridade. Também possuí um site com artigos, entrevistas e textos críticos de assuntos que acontecem fora de sua maior área de atuação, mas estão dentro do tema de suas lutas.


As páginas são alimentadas por Ananda Trajano, Carlos Coutinho, Charli "piu piu", Lana Souza, Raphael Calazans, Raull Santiago, Renata Trajano e Thainã de Medeiros.


Referências:

Periferias - Emergência Política - Instituto Update https://emergenciapolitica.org/periferias/ A inovação política que pulsa nas periferias - https://believe.earth/pt-br/inovacao-politica-que-pulsa-nas-periferias/

Coletivo Papo Reto - https://100ko.wordpress.com/

Coletivo Papo Reto - Facebook - https://www.facebook.com/ColetivoPapoReto/

Djonga - Voz pt. Doug Now & Chris MC - https://www.youtube.com/watch?v=4JT4hY5m0EI

105 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page