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Foto do escritorJoana Ramos

A guerrilha romântica do rapper d.E vulgo Dia em "Honey"

Atualizado: 13 de jun. de 2021


d.E vulgo Dia

Natural da Região Metropolitana do RJ, Itaboraí, Rio Várzea, o rapper/MC d.E vulgo Dia, lançou no dia 11 de maio o single "Honey", um lovesong que remete a nossa boa e clássica Golden Era, sem abrir mão de ser futurista, abordar temas atuais e passear pelas estranhezas do indie.

Inspirado em "I used to love H.E.R" (Commom), "Musa" (Aori) e "Dreams" (J.Cole), d.E usa e abusa das rimas internas, multis, punchlines, referências, metáforas, modulação de voz, para nos levar por uma viagem surrealística na qual a música (ou a arte do rap em si) é retratada como uma mulher tóxica que brinca com os sentimentos de quem tenta a conquistar.

O clipe todo é composto com cenas de artistas importantes que já morreram, sinalizando ao telespectador que d.E almeja ser "eterno" como estes que aparecem na obra. O rapper assina a direção, roteiro e montagem. A edição e finalização ficou por conta do Lucas Angeleti. E as filmagens por conta de Daniel Campanneli. A direção da produção musical também ficou na mão de d.E, que escreveu, cantou, captou, e mixou, enquanto Big Eddy masterizou e Felipe MRK fez o remake do beat que está no Spotify e demais plataformas. O refrão conta com vozes adicionais de Gabriel Hellison. A arte de capa é criação de Mayk Brambilla.

Capa "Honey"

Os versos do refrão são uma referência ao filme "Amor a queima roupa", pois, assim como em uma das cenas iniciais, o protagonista após declarar "eu te amo" para sua paixão, afirma; "não precisa dizer eu te amo também", se protegendo da indiferença do seu par, e dando a entender que o romance não precisava ser recíproco. Por isso o som traz essa abordagem, ainda que de maneira leve e bem humorada, sobre como a extenuação da caminhada musical no rap pode afetar a saúde mental de quem se propõe a viver isso. Contudo, há aqueles que continuam a procura de possuir de qualquer forma sua "musa" independente das rejeições.

O d.E vulgo Dia traça este paralelo entre ficção e realidade, cria um ambiente de fábula e satiriza suas fragilidades, para que o ouvinte sinta como de fato é sua relação de amor com a música rap, alguma coisa que lembra um verso do Xará:

"Eu podia ter tentando ser tudo que eu não fui

Eu podia tá melhor mas a música seduz"



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